A Associação Estadual dos Pequenos Agricultores de Goiás – AEPAGO surgiu em fevereiro de 2005, com o objetivo de organizar as famílias camponesas do estado de Goiás para superar as dificuldades de acesso às políticas públicas, como os créditos e as formas como devem ser aplicados, com objetivo de melhorar a produção, e consequentemente a renda e a qualidade de vida das famílias camponesas. Foi neste momento que as camponesas e camponeses perceberam que se associando e cooperando, poderiam criar as condições para melhoria das condições de vida das famílias e construir alternativas para as famílias camponesas, a partir da produção de alimentos saudáveis e diversificados a partir da Agroecologia e da Produção de Sementes, Mudas e raças Crioulas.
A AEPAGO possui como Objetivos:
– Promover o desenvolvimento agrícola, econômico, social e cultural das comunidades rurais, com foco nos pequenos agricultores.
– Estimular práticas agroecológicas, uso de tecnologias alternativas e preservação ambiental nas áreas rurais.
– Fortalecer a cooperação, o trabalho coletivo e o voluntariado no meio rural.
– Apoiar a organização e a inserção econômica das mulheres camponesas, com foco em feiras, programas institucionais (PAA e PNAE) e acesso a mercados.
– Fomentar o intercâmbio de experiências, a defesa dos interesses dos agricultores e o uso de sementes crioulas, visando a autonomia e a sustentabilidade das comunidades.
A partir das experiências que a AEPAGO conseguiu construir e fortalecer, em 2009, foi articulada a rede Camponesa de Agroecologia no Cerrado com o objetivo de fortalecer/ampliar/construir com outras organizações e entidades experiências agroecológicas de produção e organizar e capacitar as famílias camponesas para produzir alimentos saudáveis a partir dos princípios da agroecologia e do agroextrativismo no Cerrado Goiano. Essa articulação da rede foi e é, um importante instrumento para fortalecer a organização e a produção camponesa no Cerrado e têm conseguido importantes avanços como a construção de experiências de transição da produção convencional para a produção agroecológica, o convencimento das famílias para usar suas próprias sementes, deixando de depender do mercado para produzir e assim reduzir a importação externa e otimizar o uso dos recursos naturais disponíveis sem destruí-los, mas conservando-os e cuidando desses bens.
Essas ações vêm, paulatinamente, melhorando a renda e a qualidade de vidas das famílias camponesas, o que as mantêm no campo cumprindo sua dupla missão, que é produzir alimentos saudáveis e diversificados para a população brasileira e cuidando dos bens naturais, em especial do Cerrado, bioma este, quase destruído pelo avanço de agronegócio em Goiás e em outros estados brasileiros.
