Rede Sementes da Vida

Encontro nacional da Rede Sementes da Vida reúne organizações em defesa da agrobiodiversidade

A Associação Nacional para o Fortalecimento da Agrobiodiversidade (Agrobio) promoveu, entre os dias 16 e 18 de julho, em Luziânia (GO), o primeiro encontro nacional com membros do projeto Rede Sementes da Vida: cultivando a agrobiodiversidade e fortalecendo a agroecologia no Brasil. A iniciativa marcou o início das ações que visam impulsionar sistemas agroecológicos e formar agentes populares de transição agroecológica nos territórios.

Durante os três dias, representantes das organizações parceiras e das coordenações estaduais participaram de uma agenda de alinhamento. O grupo discutiu as metas e objetivos do projeto, traçou diretrizes para a atuação territorial e organizou os primeiros passos para os diagnósticos junto às famílias agricultoras.

A Rede Sementes da Vida contempla ações nos estados de Goiás, Piauí, Bahia, Sergipe, Pernambuco, Pará, Maranhão e Minas Gerais. O projeto tem como foco o fortalecimento das redes comunitárias de sementes crioulas e a valorização dos saberes tradicionais ligados à conservação da agrobiodiversidade.

“Foi um momento de articulação e planejamento entre as coordenações, definindo responsabilidades e estratégias para o trabalho em campo. Também encaminhamos os preparativos para os diagnósticos das famílias que receberão o acompanhamento técnico”, destacou Márcio da Silva Ramos, coordenador de campo do Projeto.

A formação também reforçou o compromisso das organizações com a defesa das sementes crioulas. Para Ana Maria dos Santos Guimarães, presidente da Associação de Camponesas e Camponeses do Estado de Sergipe (ACCESE), o momento foi de celebração e fortalecimento da luta. “Esse encontro reafirma o trabalho que realizamos há anos no resgate, multiplicação e valorização das sementes crioulas. Também nos permitiu reconhecer os desafios de atuar em territórios diversos, como o Cerrado, a Caatinga, a Amazônia e outras regiões”, afirmou.

Entre o público beneficiado pelo projeto estão agricultores e agricultoras familiares, comunidades quilombolas, povos indígenas, extrativistas e assentados da reforma agrária. A Rede Sementes da Vida atuará em territórios como a comunidade Kalunga, em Goiás e com as catadoras de mangaba e marisqueiras de Sergipe, além de comunidades agroextrativistas na Amazônia e no Semiárido.

Sobre o projeto

Financiado pelo Governo Federal, por meio do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), o projeto Rede Sementes da Vida integra o programa Da Terra à Mesa e beneficiará mais de 1.600 famílias. A iniciativa articula conhecimentos populares e científicos, promovendo segurança alimentar, conservação dos saberes tradicionais e fortalecimento da agricultura familiar em oito estados brasileiros.

Execução

A Agrobio atuará como celebrante do projeto, que contará com o apoio de mais cinco instituições em sua execução. São elas: Central de Associações de Agricultores do Estado de Goiás (CAAEGO); Associação de Camponesas e Camponeses do Estado de Sergipe (ACCESE); Associação de Camponesas e Camponeses de Pernambuco (ACCAPE); Associação Camponesa do Estado do Piauí e Bahia  (ACEPIBA) e Associação Nacional de Agrobiodiversidade dos Povos da Amazônia  (ANAPAMAV).  

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