Rede Sementes da Vida

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Projeto Bioca busca coordenador de campo para ações de restauração

A Associação Nacional de Fortalecimento da Agrobiodiversidade (Agrobio) abriu seleção para contratar um coordenador operacional de campo que vai atuar no Projeto Biodiversidade e Cadeias Produtivas: Restauração de Áreas Degradadas e Sustentabilidade Socioeconômica no Cerrado Goiano (BIOCA). O profissional selecionado será responsável por acompanhar as atividades diretamente nos territórios do projeto, apoiando equipes locais e articulando parcerias com instituições e comunidades. O trabalho deve ser feito a partir de Catalão (GO) ou Goiânia (GO). Caberá ao coordenador (a) organizar o trabalho das equipes de campo, acompanhar o cumprimento das metas, supervisionar relatórios mensais e apoiar a articulação com parceiros locais e instituições envolvidas. Também será responsabilidade do cargo garantir que as informações e resultados cheguem de forma organizada ao FUNBIO, instituição responsável pelo monitoramento técnico e financeiro do projeto. Sobre o Bioca O BIOCA é uma iniciativa que une restauração ambiental e desenvolvimento social. A proposta é recuperar 200 hectares de áreas degradadas no Cerrado e, ao mesmo tempo, fortalecer as cadeias produtivas regionais. As ações estão concentradas no Corredor Veadeiros Pouso Alto-Kalunga, no nordeste de Goiás. Além da restauração da vegetação nativa, o projeto vai implantar Sistemas Agroflorestais (SAFs) e Corredores Agroecológicos, unindo a produção de alimentos à conservação ambiental. A ideia é garantir mais autonomia, segurança alimentar e geração de renda para as famílias, com parte da produção voltada ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), do Governo Federal. O projeto prevê ainda ações de capacitação, reunindo agricultores, lideranças e técnicos locais para trocar experiências sobre restauração ecológica, manejo sustentável e produção agroecológica. O BIOCA é financiado pelo Edital Floresta Viva – Corredores de Biodiversidade, uma parceria entre o BNDES e a Petrobras voltada a apoiar projetos de restauração e fortalecimento de cadeias produtivas sustentáveis nos biomas Cerrado e Pantanal.

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Rede Sementes da Vida contrata fornecimento de insumos e sementes crioulas para implementação do projeto

Com foco na consolidação de práticas agroecológicas e no fortalecimento da agrobiodiversidade no Cerrado, a Rede Sementes da Vida avança mais uma etapa do projeto “Cultivando a Agrobiodiversidade e Fortalecendo a Agroecologia no Brasil”, executado pela Associação Nacional para o Fortalecimento da Agrobiodiversidade (Agrobio) em parceria com a Central de Associações de Agricultores de Goiás (CAAEGO). Nesta quarta-feira (29), foi emitido um Termo de Referência nº 02/2025, que trata da aquisição de insumos e sementes crioulas para a implementação de corredores agroecológicos em municípios goianos. A ação faz parte das metas do projeto e tem como objetivo fortalecer práticas produtivas sustentáveis e ampliar o uso da agrobiodiversidade em sistemas agrícolas familiares. A contratação prevê o fornecimento de insumos agrícolas como fosfatado, óleo de neem e calcário dolomítico e a aquisição de kits de sementes crioulas de milho, feijão, arroz e adubação verde. Esses produtos serão utilizados na implementação de três corredores agroecológicos, sendo um em Vianópolis e dois em Catalão (GO), dentro do plano de atividades do projeto “Da Terra à Mesa”, que integra a mesma rede de ações. Os kits de sementes crioulas incluem variedades tradicionais conservadas e multiplicadas por agricultores e agricultoras familiares, contribuindo para o resgate e o fortalecimento da agrobiodiversidade do Cerrado. A iniciativa busca estimular o uso de sementes locais adaptadas às condições climáticas e culturais da região, reduzindo a dependência de insumos externos e valorizando o conhecimento das comunidades rurais. Com esta etapa, o projeto Rede Sementes da Vida reafirma seu compromisso com a transparência na execução dos recursos públicos, o fortalecimento das redes de agricultores e a promoção de modelos produtivos sustentáveis baseados na agrobiodiversidade e na autonomia das comunidades rurais. Sobre o projetoO projeto Rede Sementes da Vida: Cultivando a Agrobiodiversidade e Fortalecendo a Agroecologia no Brasil tem como foco o fortalecimento de redes locais de coletores de sementes e agricultores familiares, promovendo a produção, o beneficiamento e o uso de sementes nativas e crioulas.

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Rede Sementes da Vida publica TDR para aquisição de veículo e fornecimento de combustível

A equipe do projeto Rede Sementes da Vida: Cultivando a Agrobiodiversidade e Fortalecendo a Agroecologia no Brasil, deu um importante passo na execução do projeto. Nesta sexta-feira (24), foi emitido um Termo de Referência 01/2025, que trata da contratação de empresas para o fornecimento de combustível e da aquisição de um veículo popular zero quilômetro, modelo hatch. Esses investimentos visam garantir o deslocamento das equipes técnicas e o acompanhamento das atividades de campo junto às comunidades agricultoras que integram o projeto. De acordo com o documento, serão fornecidos 2.135,5 litros de gasolina comum no período de novembro de 2025 a abril de 2027, respeitando as especificações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Já a aquisição do veículo está prevista para novembro de 2025, com entrega em Goiânia ou na sede da entidade, em Ouvidor (GO). O automóvel, será utilizado nos deslocamentos técnicos para acompanhamento das Unidades de Beneficiamento de Sementes (UBS) e das ações do projeto “Da Terra à Mesa”, que integra o mesmo plano de trabalho. As atividades ocorrerão nos municípios de Simolândia, Santa Terezinha, Jaraguá, Goiânia, Vianópolis e Catalão, regiões estratégicas para o fortalecimento das cadeias da agrobiodiversidade no Cerrado goiano. Sobre o projetoO projeto Rede Sementes da Vida: Cultivando a Agrobiodiversidade e Fortalecendo a Agroecologia no Brasil é uma iniciativa que busca fortalecer redes locais de coletores e agricultores familiares, promover a produção e o beneficiamento de sementes nativas e crioulas, e ampliar práticas agroecológicas em territórios do Cerrado.

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Da Terra à Mesa: Agrobio apresenta resultados do projeto Rede Sementes da Vida

Executora do projeto Rede Sementes da Vida: cultivando a agrobiodiversidade e fortalecendo a agroecologia no Brasil, a Associação Nacional para o Fortalecimento da Agrobiodiversidade (Agrobio) participou, na última sexta-feira (17), do 1º Seminário de Monitoramento do Edital Da Terra à Mesa, realizado em Juazeiro (BA), durante o 13º Congresso Brasileiro de Agroecologia (CBA). O objetivo foi avaliar o primeiro ano de execução dos projetos apoiados pelo edital, que fomenta iniciativas voltadas à transição agroecológica, ao fortalecimento da agricultura familiar e à ampliação do acesso a alimentos saudáveis e sustentáveis. Durante o seminário, a presidente da Agrobio, Vanilda Ferreira, e o coordenador-geral do projeto, Murillo Notine, apresentaram um balanço das ações desenvolvidas pela instituição, destacando os avanços alcançados na promoção da agrobiodiversidade, na formação de agentes populares de transição agroecológica e na consolidação de parcerias entre Estado e sociedade civil. Sobre o projeto, entre os resultados mais expressivos estão a estruturação de corredores agroecológicos, a implantação de biofábricas e casas de sementes e a criação de Unidades de Beneficiamento de Sementes (UBS). Também destaca-se a formação de  jovens e mulheres como agentes populares de transição agroecológica um passo importante para ampliar o protagonismo feminino e juvenil nas práticas sustentáveis do campo. Outro marco relevante foi o Encontro Nacional da Rede Sementes da Vida, realizado em Luziânia (GO), que reuniu equipes técnicas, agricultores e parceiros para alinhar estratégias e planejar as próximas etapas do projeto. Até o momento, 50% dos cadastros previstos já foram concluídos, acompanhados da estruturação de escritórios regionais e da consolidação de equipes técnicas multidisciplinares. Apresentado no seminário como uma das experiências de maior abrangência territorial do programa Da Terra à Mesa, o projeto Rede Sementes da Vida atua em múltiplos biomas brasileiros, promovendo o resgate e a multiplicação de sementes crioulas, o uso de bioinsumos e a valorização dos saberes camponeses. Seu foco está em fortalecer a autonomia das famílias agricultoras e a diversidade produtiva local, contribuindo para a mitigação das mudanças climáticas e o enfrentamento da fome. “O Rede Sementes da Vida é mais do que uma ação técnica; é um movimento político de vida. Nosso trabalho protege a agrobiodiversidade, valoriza os saberes camponeses e constrói um novo modelo de produção e abastecimento no Brasil, baseado na justiça social e na sustentabilidade”, afirmou Murillo Notine. Agrobio Com sede em Goiás e atuação em diversos estados, entre eles Pará, Pernambuco, Maranhão, Piauí, Sergipe, Bahia e Minas Gerais, a Agrobio foi fundada em 1994 e consolidou-se como referência no fortalecimento de redes agroecológicas, na produção de sementes nativas e crioulas e na restauração de áreas degradadas. Ao longo de três décadas, a organização vem articulando comunidades rurais, cooperativas e movimentos sociais em torno da agrobiodiversidade e da soberania alimentar. Para ampliar sua capilaridade e a articulação entre comunidades, a Agrobio executa o projeto em rede com diversas organizações parceiras, entre elas ACCAPE, ACCASE, ANAMAPAV, ACEPIBA, CAAEGO e ACAMPONESA, que fortalecem a presença territorial e o intercâmbio de conhecimentos em diferentes regiões do país. O Rede Sementes da Vida integra a iniciativa Da Terra à Mesa Brasil, programa do governo federal que busca aproximar quem produz alimentos saudáveis no campo de quem os consome nas cidades, criando pontes entre políticas públicas, agroecologia e segurança alimentar. O encontro reuniu representantes do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), da Secretaria-Geral da Presidência da República e de organizações da sociedade civil de todo o país.

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Agroecologia: caminho para a sustentabilidade e a restauração do Cerrado

O Cerrado é reconhecido como a savana mais biodiversa do planeta, mas também figura entre os biomas mais ameaçados. Diversos fatores comprometem a água, a fauna, a flora e a vida das comunidades que dependem deste território. Diante desse cenário, a agroecologia se apresenta como uma alternativa para garantir a sustentabilidade e promover a restauração ambiental. Mais do que um modelo de produção agrícola, a agroecologia é uma prática que integra conhecimento científico e saberes tradicionais. Ela valoriza a diversidade, recupera a fertilidade dos solos, conserva a água e reduz a dependência de insumos químicos. No Cerrado, adotar técnicas agroecológicas significa recuperar áreas degradadas com Sistemas Agroflorestais (SAFs), semeadura direta de espécies nativas, bem como o plantio de mudas e o fortalecimento das cadeias produtivas locais de sementes e alimentos. Ao respeitar os ciclos da natureza e promover a autonomia das comunidades rurais, a agroecologia fortalece a segurança alimentar, cria alternativas econômicas sustentáveis e contribui diretamente para a mitigação das mudanças climáticas. Cada prática agroecológica implantada é também um gesto de resistência contra a perda de biodiversidade e uma aposta no futuro do Cerrado. Investir em agroecologia é investir na restauração ecológica, na justiça social e na conservação do patrimônio natural brasileiro. No coração do país, o Cerrado precisa desse compromisso coletivo para continuar a pulsar como berço das águas e como guardião de uma das maiores riquezas ambientais do planeta.

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SAFs chegam ao Nordeste Goiano com o Projeto Bioca

Os Sistemas Agroflorestais (SAFs) estão se consolidando como uma das estratégias mais promissoras para conciliar restauração ambiental, geração de renda e segurança alimentar no Cerrado brasileiro. Inspirados nos processos ecológicos do bioma, os SAFs integram árvores, cultivos agrícolas e, em alguns casos, a criação de animais em uma mesma área, de forma planejada e sustentável. O resultado é uma produção diversificada que recupera áreas degradadas, protege as nascentes e fortalece a autonomia das comunidades rurais. Estudos recentes apontam que os SAFs apresentam viabilidade econômica competitiva em relação a monocultivos tradicionais, além de contribuírem para o sequestro de carbono, o aumento da fertilidade do solo e o equilíbrio hídrico. Mais do que uma alternativa produtiva, eles representam uma oportunidade concreta para agricultores familiares, povos indígenas e comunidades tradicionais, garantindo alimentos saudáveis, renda diversificada e maior resiliência frente às mudanças climáticas. É nesse contexto que a Agrobio, por meio do Projeto Biodiversidade e Cadeias Produtivas: Restauração de Áreas Degradadas e Sustentabilidade Socioeconômica no Cerrado Goiano (Bioca), inicia a implantação de SAFs no nordeste de Goiás. A iniciativa busca articular agricultores familiares, associações locais e parceiros institucionais para estruturar sistemas produtivos que unam conservação ambiental e fortalecimento socioeconômico. Ao restaurar áreas degradadas com espécies nativas, promover a segurança alimentar das famílias e valorizar saberes agroecológicos enraizados no território, o Bioca aposta em um modelo que alia conservação e desenvolvimento. Para a Agrobio, investir em SAFs é cultivar vida e restaurar territórios. No nordeste goiano, o Projeto Bioca marca um passo decisivo para demonstrar que a restauração ecológica pode caminhar lado a lado com a prosperidade das comunidades locais, consolidando o Cerrado como um bioma vivo, produtivo e sustentável. Sobre o Projeto Executado pela Agrobio, o Projeto Bioca visa restaurar 200 hectares de áreas degradadas por meio de práticas agroecológicas e sistemas produtivos sustentáveis. A iniciativa inclui também a instalação de agroindústrias para agregar valor às cadeias produtivas da agricultura familiar, beneficiando diretamente comunidades quilombolas e assentamentos rurais no Nordeste de Goiás. O Projeto conta com financiamento da Petrobras e do BNDES, por meio do edital Corredores de Biodiversidade – Floresta Viva, com gestão do FUNBIO. A rede de parceiros inclui a Associação Quilombola Kalunga (AQK), AEPAGO, UFG, UFCAT, Embrapa Cerrados, Embrapa Arroz e Feijão, Tribunal de Justiça de Goiás, Ministério Público do Trabalho/GO, MDA/GO, MDA/Seteq, MDS e prefeituras locais, consolidando um esforço coletivo em defesa do Cerrado e da valorização das comunidades que o habitam.

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Guarani de Goiás se prepara para receber 15 SAFs pelo projeto Bioca

Agricultores e agricultoras familiares de Guarani de Goiás se reuniram, nesta segunda-feira (22), no Centro de Referência e Assistência Social (CRAS) do município para discutir a implantação de 15 Sistemas Agroflorestais (SAFs) em comunidades camponesas e assentamentos rurais. A ação integra o projeto Biodiversidade e Cadeias Produtivas: Sustentabilidade Socioeconômica no Nordeste Goiano (Bioca), iniciativa da Agrobio com financiamento da Petrobras e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por meio do edital Corredores de Biodiversidade – Floresta Viva, cuja gestão é realizada pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO). Os SAFs são áreas cultivadas que combinam espécies agrícolas com árvores nativas e frutíferas, promovendo produção de alimentos e restauração ambiental ao mesmo tempo. No Cerrado, essa prática contribui para recuperar a biodiversidade, conservar o solo e a água e fortalecer a agricultura familiar com alternativas sustentáveis de geração de renda. O plantio em Guarani de Goiás será iniciado entre os dias 11 e 14 de novembro, durante um mutirão comunitário na comunidade de São Pedro, aproveitando o início do período chuvoso. Parceria O encontro contou com a participação do prefeito Janézio Pereira, que garantiu o apoio da gestão municipal para o preparo do solo, e do secretário de Meio Ambiente, Fabrício Ribeiro, responsável pela doação e distribuição de calcário dolomítico. Para o coordenador-geral do projeto Bioca, Marcelo Mendonça, a iniciativa representa um marco na restauração ecológica do Cerrado goiano. “O Bioca nasce com a missão de unir ciência, práticas agroecológicas e participação comunitária. Ao implantar os SAFs, estamos recuperando áreas degradadas, mas também garantindo alimento saudável e renda para as famílias do Cerrado. É uma ação de restauração que transforma territórios e fortalece comunidades”, afirmou. Oficinas A programação também incluiu momentos duas formações. A Embrapa conduziu uma oficina sobre o papel dos SAFs e dos corredores agroecológicos na conservação da biodiversidade, enquanto a Saneago promoveu uma atividade voltada à educação ambiental. Estiveram presentes representantes dos assentamentos Santa Rita, Belo Horizonte, Sumidouro e da comunidade de São Pedro. Bioca Com a meta de restaurar 200 hectares no Cerrado goiano, o Bioca busca fortalecer a agricultura familiar com base em práticas agroecológicas, agregando valor à produção e beneficiando diretamente comunidades quilombolas, camponesas e assentamentos rurais.

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Cozinha Solidária de Crixás promove ciclo de formações e mobiliza agenda estadual do MCP

O Movimento Camponês Popular (MCP), em parceria com a Associação Nacional para o Fortalecimento da Agrobiodiversidade (Agrobio), abriu em Crixás, no norte de Goiás, o ciclo de formações do Movimento de Cozinhas Populares. Entre os dias 18 e 20 de setembro, a equipe participou de três dias de atividades voltadas para gestão, boas práticas de alimentação e valorização dos produtos do território. “O objetivo é qualificar as equipes e fortalecer a atuação das cozinhas em todo o estado. Em Crixás, já realizamos três etapas, e a quarta ocorrerá junto à feira local, para integrar capacitação e mobilização comunitária”, destacou Jeancarlos Rodrigues de Oliveira, nutricionista e membro da coordenação geral das Cozinhas em Goiás. A programação refletiu os desafios e as potencialidades da região. O primeiro dia de encontro abordou as boas práticas de fabricação e manipulação de alimentos, fundamentais para garantir a segurança e a qualidade das refeições. No segundo dia, a pauta foi gestão e planejamento, que também serviu para organizar os preparativos da feira comunitária, incluindo cardápio, atendimento e escala de trabalho. Já o sábado foi dedicado à agrobiodiversidade e ao aproveitamento de resíduos, com uma oficina sobre o processamento da castanha de caju, fruto abundante neste período do ano e que pode gerar novas possibilidades de renda às comunidades locais. Jeancarlos Rodrigues de Oliveira explicou que “com esta formação, a Cozinha Solidária de Crixás cumpre três das quatro capacitações necessárias para cada unidade. A experiência serve de referência para outras cozinhas da rede, que também devem promover suas atividades formativas em Goiás e em outros estados. Entre os temas previstos no plano de trabalho estão nutrição e alimentação saudável, práticas agroecológicas, direito humano à alimentação adequada, promoção da saúde e a importância do campesinato no combate à fome. As formações funcionam como espaços de troca. São momentos em que conhecimento técnico e saber popular se encontram, reafirmando as cozinhas solidárias como ferramentas de combate à fome e de fortalecimento da agricultura camponesa.

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Queimadas avançam em Goiás e ameaçam cidades estratégicas do Cerrado

Em Goiás, as queimadas se intensificam e revelam um cenário de alerta.  Entre janeiro e julho de 2025 foram registrados 1.030 focos de incêndio. Em agosto, a situação se agravou e em apenas uma semana, os registros saltaram de 288 para 728, um crescimento de 152%. As cidades mais atingidas estão em áreas estratégicas do bioma. Monte Alegre de Goiás liderou em agosto, com 43 ocorrências, seguida por Niquelândia (30), Padre Bernardo (26), Campos Belos (25) e Água Fria de Goiás (22). Em junho, os municípios de Cavalcante e Mineiros já haviam registrado números elevados, ambos com 18 focos. A ameaça não se restringe às áreas rurais, centros urbanos e regiões produtoras também entram no mapa do fogo. Os impactos são profundos. Agricultores e comunidades tradicionais enfrentam perdas diretas, enquanto a biodiversidade e as nascentes que abastecem importantes bacias hidrográficas estão sob risco. O fogo ameaça a produção de alimentos, a qualidade da água e a segurança climática de todo o estado. Nesse cenário desafiador, a Agrobio tem mostrado que há caminhos possíveis. Por meio dos projetos Biodiversidade e Cadeias Produtivas (Bioca) e Rede Semente da Vida, a organização atua na recuperação de áreas degradadas, no fortalecimento da vegetação nativa e no apoio a agricultores e comunidades. O objetivo é quebrar o ciclo da degradação e transformar o Cerrado em um território mais resiliente. Mais do que combater incêndios, a restauração ambiental é uma solução de futuro. É ela que garante a segurança hídrica, alimentar e climática de Goiás. Proteger o Cerrado, a “caixa d’água do Brasil” significa proteger vidas, culturas e economias. E fortalecer iniciativas como as da Agrobio é apostar em um amanhã mais sustentável. Foto: Divulgação Bombeiros

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Cerrado em Chamas: Projeto Bioca promove live em defesa da água e da vida

Em comemoração ao Dia Nacional do Cerrado, celebrado nesta quinta-feira (11), o Projeto Bioca – Biodiversidade e Cadeias Produtivas: sustentabilidade socioeconômica no Nordeste Goiano promoveu a live “Cerrado em Chamas: A luta pela água e pela vida no coração do Brasil”, transmitida pelo Instagram da Agrobio. O evento reuniu professores, pesquisadores, lideranças comunitárias e representantes de organizações socioambientais para debater os desafios enfrentados pelo bioma e as estratégias de resistência e conservação. A mediação foi conduzida pelo professor da Universidade Federal de Goiás (UFG), Adriano Rodrigues de Oliveira, que destacou a importância do Cerrado como “caixa d’água do Brasil”, ressaltando que o bioma abriga nascentes de oito das 12 principais bacias hidrográficas do país. Ele lembrou ainda que o Cerrado sofre forte pressão do agronegócio, da mineração e das queimadas, e que o evento buscou amplificar as vozes de quem o defende e pressionar por políticas públicas. O professor da UFG Manuel Eduardo Ferreira apresentou um panorama científico da degradação, revelando que 51% do Cerrado já foi perdido e que outros 20% encontram-se degradados. Ele alertou para a velocidade do desmatamento, de 800 mil a 1 milhão de hectares por ano e defendeu alternativas como a recuperação de pastagens degradadas, a regeneração natural e o manejo integrado para conciliar produção e preservação. O pesquisador da Fiocruz, Guilherme Franco Neto, trouxe a perspectiva da saúde, ressaltando que 25% dos problemas globais têm origem em disfunções ambientais e que a mudança climática é hoje “a maior ameaça à saúde”. Ele enfatizou que os impactos recaem sobretudo sobre os povos e comunidades tradicionais, defendendo soluções construídas de forma participativa, com valorização do conhecimento ancestral e das práticas sustentáveis. Coordenador-geral do projeto Bioca e professor da UFG, Marcelo Rodrigues Mendonça destacou que o Cerrado é fundamental para a regulação climática e a biodiversidade, desconstruindo a visão histórica do bioma como “pobre e improdutivo”. Apresentou o Projeto Bioca, que alia restauração ambiental e inclusão produtiva de comunidades locais, e citou o exemplo do território quilombola Kalunga, que mantém mais de 80% do Cerrado conservado. Para ele, é possível um modelo de desenvolvimento baseado no “Cerrado em pé”, mas isso exige políticas públicas efetivas e maior fiscalização contra crimes ambientais. Os participantes reforçaram que defender o Cerrado é defender a água, a cultura e a vida. A data de 11 de setembro foi ressaltada como uma oportunidade de dar visibilidade à luta dos povos cerradeiros e reafirmar a urgência de políticas públicas eficazes para a conservação do bioma. A iniciativa contou com a parceria de instituições e organizações fundamentais para a defesa do Cerrado e de seus povos: a Fiocruz; a Universidade Federal de Goiás por meio do Laboter, Lapig e IESA; a Associação Quilombola Kalunga (AQK) e a Comissão Pastoral da Terra (CPT) Cerrado.

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