Rede Sementes da Vida

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Da Terra à Mesa: Agrobio apresenta resultados do projeto Rede Sementes da Vida

Executora do projeto Rede Sementes da Vida: cultivando a agrobiodiversidade e fortalecendo a agroecologia no Brasil, a Associação Nacional para o Fortalecimento da Agrobiodiversidade (Agrobio) participou, na última sexta-feira (17), do 1º Seminário de Monitoramento do Edital Da Terra à Mesa, realizado em Juazeiro (BA), durante o 13º Congresso Brasileiro de Agroecologia (CBA). O objetivo foi avaliar o primeiro ano de execução dos projetos apoiados pelo edital, que fomenta iniciativas voltadas à transição agroecológica, ao fortalecimento da agricultura familiar e à ampliação do acesso a alimentos saudáveis e sustentáveis. Durante o seminário, a presidente da Agrobio, Vanilda Ferreira, e o coordenador-geral do projeto, Murillo Notine, apresentaram um balanço das ações desenvolvidas pela instituição, destacando os avanços alcançados na promoção da agrobiodiversidade, na formação de agentes populares de transição agroecológica e na consolidação de parcerias entre Estado e sociedade civil. Sobre o projeto, entre os resultados mais expressivos estão a estruturação de corredores agroecológicos, a implantação de biofábricas e casas de sementes e a criação de Unidades de Beneficiamento de Sementes (UBS). Também destaca-se a formação de  jovens e mulheres como agentes populares de transição agroecológica um passo importante para ampliar o protagonismo feminino e juvenil nas práticas sustentáveis do campo. Outro marco relevante foi o Encontro Nacional da Rede Sementes da Vida, realizado em Luziânia (GO), que reuniu equipes técnicas, agricultores e parceiros para alinhar estratégias e planejar as próximas etapas do projeto. Até o momento, 50% dos cadastros previstos já foram concluídos, acompanhados da estruturação de escritórios regionais e da consolidação de equipes técnicas multidisciplinares. Apresentado no seminário como uma das experiências de maior abrangência territorial do programa Da Terra à Mesa, o projeto Rede Sementes da Vida atua em múltiplos biomas brasileiros, promovendo o resgate e a multiplicação de sementes crioulas, o uso de bioinsumos e a valorização dos saberes camponeses. Seu foco está em fortalecer a autonomia das famílias agricultoras e a diversidade produtiva local, contribuindo para a mitigação das mudanças climáticas e o enfrentamento da fome. “O Rede Sementes da Vida é mais do que uma ação técnica; é um movimento político de vida. Nosso trabalho protege a agrobiodiversidade, valoriza os saberes camponeses e constrói um novo modelo de produção e abastecimento no Brasil, baseado na justiça social e na sustentabilidade”, afirmou Murillo Notine. Agrobio Com sede em Goiás e atuação em diversos estados, entre eles Pará, Pernambuco, Maranhão, Piauí, Sergipe, Bahia e Minas Gerais, a Agrobio foi fundada em 1994 e consolidou-se como referência no fortalecimento de redes agroecológicas, na produção de sementes nativas e crioulas e na restauração de áreas degradadas. Ao longo de três décadas, a organização vem articulando comunidades rurais, cooperativas e movimentos sociais em torno da agrobiodiversidade e da soberania alimentar. Para ampliar sua capilaridade e a articulação entre comunidades, a Agrobio executa o projeto em rede com diversas organizações parceiras, entre elas ACCAPE, ACCASE, ANAMAPAV, ACEPIBA, CAAEGO e ACAMPONESA, que fortalecem a presença territorial e o intercâmbio de conhecimentos em diferentes regiões do país. O Rede Sementes da Vida integra a iniciativa Da Terra à Mesa Brasil, programa do governo federal que busca aproximar quem produz alimentos saudáveis no campo de quem os consome nas cidades, criando pontes entre políticas públicas, agroecologia e segurança alimentar. O encontro reuniu representantes do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), da Secretaria-Geral da Presidência da República e de organizações da sociedade civil de todo o país.

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AEPAGO – Associação Estadual dos Pequenos Agricultores do Estado de Goiás

A Associação Estadual dos Pequenos Agricultores de Goiás – AEPAGO surgiu em fevereiro de 2005, com o objetivo de organizar as famílias camponesas do estado de Goiás para superar as dificuldades de acesso às políticas públicas, como os créditos e as formas como devem ser aplicados, com objetivo de melhorar a produção, e consequentemente a renda e a qualidade de vida das famílias camponesas. Foi neste momento que as camponesas e camponeses perceberam que se associando e cooperando, poderiam criar as condições para melhoria das condições de vida das famílias e construir alternativas para as famílias camponesas, a partir da produção de alimentos saudáveis e diversificados a partir da Agroecologia e da Produção de Sementes, Mudas e raças Crioulas. A AEPAGO possui como Objetivos: – Promover o desenvolvimento agrícola, econômico, social e cultural das comunidades rurais, com foco nos pequenos agricultores. – Estimular práticas agroecológicas, uso de tecnologias alternativas e preservação ambiental nas áreas rurais. – Fortalecer a cooperação, o trabalho coletivo e o voluntariado no meio rural. – Apoiar a organização e a inserção econômica das mulheres camponesas, com foco em feiras, programas institucionais (PAA e PNAE) e acesso a mercados. – Fomentar o intercâmbio de experiências, a defesa dos interesses dos agricultores e o uso de sementes crioulas, visando a autonomia e a sustentabilidade das comunidades. A partir das experiências que a AEPAGO conseguiu construir e fortalecer, em 2009, foi articulada a rede Camponesa de Agroecologia no Cerrado com o objetivo de fortalecer/ampliar/construir com outras organizações e entidades experiências agroecológicas de produção e organizar e capacitar as famílias camponesas para produzir alimentos saudáveis a partir dos princípios da agroecologia e do agroextrativismo no Cerrado Goiano. Essa articulação da rede foi e é, um importante instrumento para fortalecer a organização e a produção camponesa no Cerrado e têm conseguido importantes avanços como a construção de experiências de transição da produção convencional para a produção agroecológica, o convencimento das famílias para usar suas próprias sementes, deixando de depender do mercado para produzir e assim reduzir a importação externa e otimizar o uso dos recursos naturais disponíveis sem destruí-los, mas conservando-os e cuidando desses bens. Essas ações vêm, paulatinamente, melhorando a renda e a qualidade de vidas das famílias camponesas, o que as mantêm no campo cumprindo sua dupla missão, que é produzir alimentos saudáveis e diversificados para a população brasileira e cuidando dos bens naturais, em especial do Cerrado, bioma este, quase destruído pelo avanço de agronegócio em Goiás e em outros estados brasileiros.

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